sexta-feira, 21 de março de 2008

Rafaela Botas Vermelhas.




Papo vai, volei vem, ja era dia 23 de dezembro o natal estava chegando, eram sempre os mesmos natais, monótonos e sem papai noel.
Mas então quando Rafaela me falou que sua mãe viajaria no outro dia, antes que ela completasse alguma outra frase, muito eufórico eu falei: "Vamos Fazer uma festa na minha casa, você esta mais que convidada",e ela aceitou meu convite, por dentro estava muito mais que alegre, por fora só um sorriso bobo que ela concerteza notava, não era um garoto bom de disfarçe diziam amigos meus.
Dia 24, ja eram 22h estava sentado na sala olhando pra tela da tv e imaginando o rosto da Rafaela, ela ja estava chegando segundo o horario que marcamos, minha vó ja estava arrumando as coisas e lareira não tinha meias com nossos nomes, eu ate perguntaria porque não tinha meias em nossa lareira como eu faço todos os anos, mas esse ano seria diferente! Rafaela, uma amiga, mais que amiga, uma quase estranha, uma garota mistério cativante, vai acabar com o meu Natal monótono ela vai ser o meu Papai Noel? ela vai alegrar a minha noite! e o presente? esse a gente deicha pra depois, eu logo, ja pensei, colocando aquele sorriso da maldade em meus lábios.
A campainha tocou, aquele som horrendo do 'ding-dong', deixei minha vó atender, se eu fosse atender talvez parecesse meio eufórico demais e é apenas Natal e uma festa monótona. Logo, minha vó veio com um sorriso esquizito nos lábios e falou: "sua amiguinha esta te esperando ali na porta", me levantei do sofá mais que ligeiramente e dei uma acelerada no passo e ja desacelerei, chegando na porta no ritmo mais lento como se aquilo fosse normal para mim.
Cheguei a porta, olhei pensei e a Abri,e Quase morri! A cena que vi foi algo assim: botas vermelhas que iam até acima dos joelhos da Rafaela; uma mini-saia também vermelha, de couro; a blusinha, da mesma cor, mostrava toda aquela barriguinha linda e tinha o maior decote da história dos natais; na cabeça, um amável gorrinho de papai noel.Minha avó ria feito louca da situação, minha mãe e minhas tias quase tiveram - um -alguns - milhares - de vários - infartes.
Tudo que eu consegui no momento foi levar ela pro quintal, rindo incontrolavelmente.

"Meeeu, você é louca??" Ela percebeu e também caiu na risada. "Eu sei que você gosta de chocar, mas pô, minha vó tá aí né..."

"Ah, você falou festa! Achei que era algo mais... adolescente, sabe?"

Ficamos rindo por algum tempo, ate ela ir em casa e trocar a roupa (para tristeza do meu avô) que adorara a situação, voltamos para o jantar e ninguém tocou no assunto, mas nunca na história do Natal meus tios e primos deram tanta atenção pra alguém que passara o Natal com a gente.

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